Em nosso segundo dia de viagem tínhamos um encontro marcado com nossa guia Milena Holthausen (@destinomunique) para fazer um tour a pé por Munique e conhecer alguns lugares históricos. De quebra tomar umas cervejinhas pelo caminho, afinal não somos de ferro né? rs
O passeio começou pelo centro da cidade velha (Altstadt), aliás não poderia começar melhor, é aqui que tivemos acesso às mais conhecidas vistas de Munique, a parte histórica e mais linda da cidade (na minha opinião).

A Milena fez questão de marcar o início de tudo no na praça Karlsplatz, que é conhecida pelos moradores como Stachus, por conta de um antigo pub que existia no local. O bacana de começar o tour por essa praça é que ali fica o Portal de Carlos (Karlstor), que marca como que uma entrada para esse mundo histórico. Esse portão é inclusive o que sobrou da antiga muralha da cidade e é datado de 1301.
Senta que lá vem a história
Durante todo o percurso conhecemos lindas igrejas (Apesar da Alemanha ser de predominância protestante, Munique é uma cidade católica). Em cada igreja, uma história interessante, como a da Catedral de Nossa Senhora Bendita (Frauenkirche), a mais imponente da cidade. Conta a história que, sem dinheiro para levantar a igreja, o construtor fez um acordo com o diabo para financiar a construção, com a condição de que o local não tivesse janelas, pra ficar bem sombrio mesmo. Só que o construtor, muito esperto, enganou o diabo com colunas, desse modo as janelas não poderiam ser vista a partir do hall de entrada, que era onde o capiroto estava.

Quando o chifrudo descobriu que havia sido enganado e não podia entrar na igreja consagrada, começou a bater o pé no chão, deixando uma pegada escura, que é possível se ver na entrada da igreja, em seguida o capeta correu pra fora e ficou rugindo ao redor da igreja. Ainda hoje é possível sentir esse rugido em forma de vento.
Voltando às cervejas
A Alemanha é assim, cheia de histórias, contos e lendas. Neste dia ainda conhecemos alguns bares de cervejarias bem próximos. A tradicional Augustiner com sua maravilhosa weizenbier, as famosas Paulaner e Hofbräu e suas helles perfeitas e a elegante Schneider Weisse com cervejas mais ousadas, foram algumas das minhas passagens.

Mas como um bom bávaro (que eu não sou rs), os melhores lugares para beber ainda são os famosos biergartens da cidade.
O primeiro foi o Viktualienmarkt, o único biergarten que fica aberto até mesmo no inverno. Ele é localizado bem no coração do centro histórico em meio a uma feirinha ao ar livre. As cervejas do local não são fixas. As 6 cervejarias da cidade fazem um rodízio para atender aos consumidores.

Depois fomos na Hofbräuhaus, um local cercado de histórias e com certeza o mais badalado de Munique. A Hofbräus é uma cervejaria criada pelo Duque Guilherme V em 1592 para servir à corte (por isso o logotipo com uma coroa). Visitantes ilustres como Lênin e Mozart, frequentavam o local. Porém o local também foi frequentado por Hitler. O salão superior foi inclusive usado para reuniões que o levaram ao poder. Ah! Mas fica um parêntese: Jamais comente isso com um morador local. Eles evitam comentar o assunto, pois consideram (obviamente) uma página vergonhosa da história.
Na Hofbräuhaus fica um belo biergarten. Ali é impossível deixar de tomar um belo Mass (em alemão: Maß), uma caneca de 1 litro. Sim, tente, você consegue!
Por último visitamos o Englische Garten, um parque agradável no meio da cidade inaugurado em 1789. Em pleno verão ele estava lotado de pessoas tomando sol (inclusive ao natural rs) e nadando no rio. Uma das grandes atrações do local fica logo na entrada. Surfistas praticam o esporte aproveitando um degrau do próprio rio que forma uma espécie de onda. É muito legal e viciante ficar olhando.
Mas o que me interessava realmente estava bem no meio do parque. Numa bela caminhada. É o biergarten da Chinesischer Turm(Torre Chinesa). Esse é considerado o segundo maior biergarten da Alemanha e, sério mesmo, eu não queria sair dali com o calor de mais de 30 graus que estava.

Infelizmente o dia acaba e voltamos para o nosso hotel no final do dia bem cansados. Pensei comigo “a gente deve ter andado uns 5 km hoje”. Que nada! Olhei no aplicativo do celular e descobri: Andamos nada mais, nada menos que 15 km!
Deixe um comentário